Hora de tirar o coelho da cartola e comemorar o Dia do Mágico
31/01/2017
Que
rufem os tambores e que soem os clarins, hoje é o Dia do Mágico! Entre
as formas de entretenimento que já foram desenvolvidas ao longo da
história, talvez a mais impressionante seja a mágica, que une diversas
características: personalidade, talento, truques, efeitos audiovisuais e
muito amor. Os mágicos de todo o mundo comemoram nesta terça-feira, 31
de janeiro, um dia muito especial para a profissão. A data homenageia
Santo João Bosco, o padroeiro dos mágicos, que faleceu em 1888.
Em Blumenau vive um dos mágicos com mais
tempo de atividade do estado de Santa Catarina. Conhecido como Mágico
Elimar, ele representa muito bem a categoria há 35 anos. A experiência e
sabedoria, visíveis em suas apresentações, são frutos de muito estudo e
empenho para melhorar cada vez mais. “Já fiz teatro, cinema, televisão,
rádio e diversos cursos sobre mágica. Tudo colaborou na minha
desenvoltura e me aproximou muito da arte. Não é só chegar no palco e
fazer qualquer coisa. São momentos que requerem cuidado”.
A mágica surgiu na vida de Elimar quando
ele tinha cinco anos, quando assistia ao jornal, ao meio dia. “Passou a
história de um mágico blumenauese que ia aprimorar seus truques na
França. Fiquei encantado e comecei a imitar o ilusionista, apertando uma
bolinha na mão, tentando fazê-la sumir. Por sorte, meu tio, o escritor e
dramaturgo Ivo Hadlich, era diretor do grupo de teatro em que o mágico
fazia parte e me apresentou esse novo mundo”, conta. Elimar teve o apoio
da família e investiu na carreira.
Respeitável público...
Quem nunca se surpreendeu com um coelho
saindo da cartola, um pombo surgindo de um lenço ou até mesmo um corpo
intacto após ser divido ao meio com um serrote durante um espetáculo? A
curiosidade e os olhos atentos da platéia dão sentido ao esforço de
todos os mágicos, que se empenham na criação de novos truques.
Para Elimar, surpreender o público é o
principal objetivo no momento do espetáculo. “Me apresento em
aniversários infantis e adultos, confraternizações, teatros, empresas,
eventos variados de entretenimento e ainda integro alguns projetos
sociais voltados à arte. Cada show tem uma platéia diferente, portanto,
eu me reinvento para divertir a todos”. O mágico tem em seu repertório
mais de cinco mil números, sendo que aproximadamente mil foram criados
por ele.
Apesar de ser um grande mágico, Elimar
iniciou sua carreira se inspirando em Harry Houdini, um dos mais famosos
escapologistas e ilusionistas da história. “Dependendo da platéia, eles
gostam de ver ‘o circo pegar fogo’, querem números difíceis. Houdini é
referência quando o assunto é complexidade e surpresa”, afirma.
Família Russi
O talento para a mágica é de família. Há
cerca de oito anos, Elimar conta com a ajuda da esposa, Juliana Mezadri
Russi, nas apresentações. “Quando nós começamos a namorar, eu só
assistia. Aos poucos, nos bastidores, eu comecei a ajudar a montar a
estrutura dos shows e a preparar as apresentações. Quando eu vi, já
estava junto com ele em cima do palco. Hoje, eu executo alguns números”,
conta Juliana.
A pequena Yasmin, de seis anos, filha do
casal, também demonstrou interesse na mágica. “Nós não pressionamos ela
a nada. Deixamos acontecer. Ela nos acompanha e adora. Como ela ainda é
muito novinha, tudo pode mudar. Então, estamos esperando ela crescer um
pouco mais para introduzir ela nas nossas apresentações. Quando estamos
os três juntos, nos saímos melhor. Nos completamos”, conta orgulhoso o
mágico e pai Elimar.
Edição 1786
Fonte: http://cruzeirodovale.com.br/geral/hora-de-tirar-o-coelho-da-cartola-e-comemorar-o-dia-do-magico/